terça-feira, 24 de agosto de 2010

Permissão

E a palavra de ordem é permissão.

Permitir-se amar, seja amar demais, amar de menos, amar de se amarrar, amar de se odiar...

(porque ódio ainda é quase-amor)

Permitir-se segurar a mão de alguém tão forte a ponto de não querer deixar ela ir...

(e permitir ela ir, porque se é pra ela ir ela vai e se é pra ela voltar ela volta e se... e se?)

Permitir que o universo seja do jeito que ele é, porque se foi entregue assim era pra ser assim.

E afinal o que são nossas permissões mundanas perto do universo?

Permitir que o aplicativo funcione.
Permitir que o banco envie outro cartão.
Permitir que o outro passe na nossa frente no trânsito.

(aliás, permita no trânsito, gentileza é tudo)

Permitir que os nós dos dedos seus apertados aos nós dos dedos dela representem o que vocês são agora para... nós.

(já que quando dois "eus" se unem eles viram "nós" e não mais "sós", não?)

Permitir, permitir, permitir...

Permitam-me me retirar.

Sono, sabe?

(não sei quem foi que permitiu isso)

Estamos em obras para melhor atendê-los.

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