terça-feira, 24 de agosto de 2010

Permissão

E a palavra de ordem é permissão.

Permitir-se amar, seja amar demais, amar de menos, amar de se amarrar, amar de se odiar...

(porque ódio ainda é quase-amor)

Permitir-se segurar a mão de alguém tão forte a ponto de não querer deixar ela ir...

(e permitir ela ir, porque se é pra ela ir ela vai e se é pra ela voltar ela volta e se... e se?)

Permitir que o universo seja do jeito que ele é, porque se foi entregue assim era pra ser assim.

E afinal o que são nossas permissões mundanas perto do universo?

Permitir que o aplicativo funcione.
Permitir que o banco envie outro cartão.
Permitir que o outro passe na nossa frente no trânsito.

(aliás, permita no trânsito, gentileza é tudo)

Permitir que os nós dos dedos seus apertados aos nós dos dedos dela representem o que vocês são agora para... nós.

(já que quando dois "eus" se unem eles viram "nós" e não mais "sós", não?)

Permitir, permitir, permitir...

Permitam-me me retirar.

Sono, sabe?

(não sei quem foi que permitiu isso)

Estamos em obras para melhor atendê-los.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Las Vegas

A falta do teu
Sorriso largo
Deixou o meu
Sorriso amargo
E a falta do teu
Cheirinho bom
Faz parecer
Mesmo no verão
Que é sempre inverno por aqui

A falta da tua
Risada sincera
Deixou a minha
Risada na espera
Do teu sorriso
E do abraço apertado
E eu esperei
E fui derrotado
E é sempre inverno por aqui

Um dia ainda te levo
Pra um lugar onde o tempo não passa
A gente conversa, se entende
Vai pra Las Vegas e casa
Desisti de você muito fácil
E o que eu faço não faz diferença
Agora só resta olhar pra porta
E tentar sair com decência

Na minha cabeça, uma música pronta. Na de vocês...?

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Apartamento 202

O apartamento 202 era um lugar mágico.

Coisas diferentes, estranhas e divertidas aconteciam lá. Eram acontecimentos tão únicos, que beiravam os limites das pessoas, que excediam os padrões de comportamento delas, que as encorajavam a fazer coisas tão novas e absurdas para elas mesmas, que tudo que acontecia no apartamento 202 ficava no apartamento 202.

E essa é a razão pela qual esse conto é tão curto.

Fim.

Sam curtia sacanear seus leitores.
Uma legítima "puta falta de sacanagem" (by Natie)